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Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15)




Somos todos missionários pelo Batismo. Somos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, que estão em eterna comunhão de envio (processão trinitária). O Pai enviou seu Filho ao mundo e ao voltar para o Pai não deixa os cristãos órfãos, mas envia, junto como o Pai, o Espírito Santo, que inspira e santifica a Igreja, na direção do amor, na vivência da reconciliação, na promoção da vida humana, em colaboração com o Reino de Deus, que cresce misteriosamente como um grão de mostarda que é plantado na terra (Mt 13,31-32). Assim afirma o decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na “missão” do Filho e do Espírito Santo” (AG 2).

O papa Francisco hoje nos inspira à Missão. Ele, insistentemente, tem chamando a Igreja para viver sua dimensão essencial: a missão. A Igreja tem uma missão no mundo: ser sal da Terra, ser luz do mundo (Mt 5, 13-16). Por isso, o Papa nos convida a vivermos como uma Igreja em saída (Evangelli Gaudium, A alegria do Evangelho), em estado permanente de Missão. Neste sentido, como paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, somos desafiados também, no Bairro Castelo, a vivermos este desafio da missão. Assim nos diz Francisco: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! … prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças …” (EG n. 49).

Desta maneira, não podemos apenas esperar que os fiéis, as pessoas de um modo geral, venham à Igreja, ou às nossas comunidades (Nossa Senhora de Guadalupe e São Francisco de Assis), mas nós somos chamados a ir ao encontro das mesmas, a fim de anunciar a elas a mensagem de paz (Lc 10,1-12). Não podemos nos acovardar ou nos render ao mundo cada vez mais individualista, que prega a soberania da subjetividade e não sabe partilhar e viver a comunhão. Somos uma igreja que vive a comunhão, na fonte essencial, a Santíssima Trindade. Portanto, somos desafiados a partir deste mistério a emanar esta comunhão, no desejo de construir relações de fraternidade, pois somos filhos de um único Pai, Deus, o Criador supremo.

Deste modo, convido a todos para que neste mês missionário, outubro, cada um possa fazer um gesto de missão: ir ao encontro de alguém que sofre, anunciar a ela o amor de Deus, estar ao seu lado, levar a ela um sorriso, uma mensagem de conforto e de amor.

Para nos ajudar a pensar este mês missionário, a partir do dia 29 de setembro, pedi ajuda ao paroquiano Paulo de Tarso Reis, membro de uma Pequena Fraternidade, catequista em nossa paróquia e candidato ao ministério ordenado no grau do Diaconato permanente para que explicasse em poucas palavras como será nosso dinamismo missionário.

De acordo com Paulo de Tarso Reis, “As Pequenas Fraternidades da Paróquia,  fundadas há mais de vinte anos, pela inspiração do Espírito Santo, estão fundamentadas por At 2,42-47, são formadas por pessoas que reúnem-se semanalmente em suas casas para partilhar a Palavra (Casa da Palavra), o pão (Casa do Pão) e a vida (Casa da Caridade). Atualmente, a paróquia possui mais de mil pessoas participando em mais de 70 (setenta) Pequenas Fraternidades. Nesse Ano Missionário, queremos fazer com que o Movimento das Pequenas Fraternidades também seja "Casa das Missões" e seus membros verdadeiros discípulos missionários.  Nesse sentido, o território geográfico da paróquia foi dividido em 12 (doze) pequenas comunidades, cada qual recebendo o nome de um dos doze Apóstolos de Cristo. Para cada uma dessas comunidades teremos um grupo referencial fixo de Pequenas Fraternidades para animar, articular e promover ações de evangelização; coordenar a realização periódica de Círculos Bíblicos e ser referência paroquial naquela comunidade. Esse trabalho terá início no dia 29 de setembro, quando encerraremos a Semana Missionária na paróquia.  Nesse dia, os membros das Pequenas Fraternidades serão enviados em missão em suas comunidades para anunciar a Palavra de Deus, abençoar as residências e moradores que os acolherem, divulgar as celebrações da paróquia, bem como os Círculos Bíblicos daquela comunidade. Esperamos com essas ações proporcionar uma maior divulgação da paróquia entre os moradores do Bairro Castelo, anunciar a Palavra de Deus e promover uma igreja em saída.


Retirado de Jornal do Bairro Castelo, coluna Fé e Vida por padre Junior Vasconcelos

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